Dados da Agressão Doméstica no Brasil
Apesar dos avanços com a Lei
Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), atualmente ainda nos deparamos com
mulheres que sofrem algum tipo de violência em suas relações, independente de
estar em uma relação cônjuge ou não. Hoje, calcula-se que a cada 100 mil
mulheres assassinadas, 4,8 % morrem por crimes de violência doméstica a mil
mulheres. Isso faz com que o Brasil esteja presente no ranking de países nesse
tipo de crime. Em 2013, segundo o Mapa de Violência 2015, foram registrados
4.762 assassinatos de mulheres no Brasil e cometido por familiares foi
registrado 50,3%, posto que, 33,2% destes casos, houveram mulheres violentadas
por parceiros ou ex-parceiros. Por essas taxas de mortes altas, alcançamos a
representação de 13 homicídios diários no Brasil em 2013.
O homicídio de mulheres negras
houve aumento de 54% em 10 anos, em 2013 passou de 1.864 para 2.875, sendo que,
no mesmo ano o número de homicídios de mulheres brancas caiu de 1.747, para
1.576, diminuindo 9,8% em 2013.
No Brasil conclui-se que 70%
da violência sexual ocorrem com crianças e adolescentes, com base nos dados do
ministério da saúde, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), do
qual, metade das ocorrências envolvendo crianças possuem um histórico de
estupros anteriores. Dessas violências são registrados 70% dos abusos cometidos
por parentes, namorados ou amigos e conhecidos da vítima.
A maior parte da população
brasileira acredita que as mulheres sofrem mais violências dentro de suas próprias
casas do que em lugares públicos, mostrada pela pesquisa realizada com apoio da
SPM-PR e Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha. A pesquisa
mostra que 54% conhecem uma mulher que já foi agredida por um parceiro e 56%
conhecem um homem que já agrediu uma parceira. E 69% afirmaram acreditar que a
violência contra a mulher não ocorre apenas em famílias pobres.